UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – UFG
Design de Ambientes. Três de junho de 2013
Metodologia da Investigação – Profº Pablo Sérvio
ARAUJO, Viviane Maria de. CARVALHO, Dassuen Rabelo. ROSA, Jéssyca. VINHO, Jamerson.
TEMA: Estilo de Preferência dos Goianos para o Mobiliário de Cozinhas
Levantamento Bibliográfico
1 – CRUZ, Helga Rêgo da Silva. Avaliação Pós-Ocupação e Apreciação Ergonômica do Ambiente Construído: um Estudo de Caso. Universidade Federal de Pernambuco UFP. 2006.
Através dessa dissertação de mestrado há um extenso estudo Ergonômico, no capítulo 2, das páginas 24 a 44, que servirão como base para reflexões de como deve se adequar o mobiliário; se as opiniões coletadas serão ou não convenientes à teoria ergonômica que tem por objetivo maior comodidade e conforto. Além disso, pesquisar qual estilo mais se adéqua às necessidades ergonômicas.
Na página 55, quando há a abordagem das cores esse estudo pode auxiliar na fundamentação de argumentos como, por exemplo, “O estilo ‘x’ é preferido por predominar cores terrosas que estimulam reações como…”. Tal pensamento veio-me à mente através do parágrafo “Cada pessoa possui uma sensação própria para determinado estímulo, causando, desta forma, uma deficiência na avaliação das cores. Fatores físicos e psicológicos como nervosismo, cansaço e gripe, interferem neste processo. (…).” Ademais, nas páginas 58 à 60 discorre sobre o efeito particular de cada cor e conseguinte dá exemplos de como usá-las equilibradamente nos ambientes.
2 – Estudo de Mercado SEBRAE 2008 Relatório completo – Móveis para cozinha. Setembro de 2008.
Apresenta um panorama de móveis em série e sob medida, também aprofundando em temas como os pólos moveleiros brasileiros (página 16), algo que pode ser utilizado, no mínimo como uma citação “Goiás, que não é um pólo moveleiro, precisa recorrer ao pólo paulista que é mais próximo, contudo isso encarece os produtos devido ao transporte e também perde a identidade goiana”.
A partir da página 12 faz um levantamento histórico do mobiliário que pode ser usado como base nas análises, não só como um pensamento crítico, mas também como uma maneira de arrematar os argumentos retomando a Antiguidade, os períodos de Guerras Mundiais e pós Guerras. Exemplificando esse recurso, na matéria Teoria dos Materiais, foi visto na pesquisa de um trabalho expositivo, que o uso do material polímero foi buscado por causa da 2ª Guerra Mundial para diminuir custos, desde as meias femininas de ceda passadas a utilizarem-se de nylon, até o barateamento de barracas e vestimenta dos soldados utilizando o mesmo material nylon.
Nas páginas 23 em diante é trago dados a respeito do potencial de consumo de móveis e mais importante ainda, afunila tais dados para o consumo de móveis de cozinha restringindo o consumo especifico de cada estado brasileiro. Sem sombra de dúvida muito importante para a pesquisa tendo em vista que será objetivada a um grupo muito específico, mas é de muito valor ampliar as conclusões “O grupo goiano da classe e faixa etária ‘x’ tem um consumo ‘y’ enquanto no estado são de 102, 099 milhões de dólares, já nos estados de ‘A’, ‘B’ e ‘C’ que predomina classes ‘z’ o consumo é…”
Além disso, trás na página 36 adiante, informações relevantes sobre os materiais utilizados para cozinha, algo que pode vir a ser útil caso haja conveniência de adentrar nesses pontos durante a discussão, por exemplo “O material MDF é amplamente utilizado em Goiânia, com base nas pesquisas qualitativas feitas com as principais empresas de móveis sob medida”.
Com certeza ainda há muito mais que pode ser utilizado dessa referencia.
3 – A luz Certa em sua Casa – Adene. Re New Able A Inspirar Portugal.
WERBENECK, <http://www.adene.pt/pt-pt/saibamais/documents/luzcerta4edio.pdf>
Breve exposição a respeito dos modelos disponíveis de iluminação para ambientes com especificação de melhores modelos para cada ambiente, dados sobre os tipos de lâmpadas como incandescentes, de halogênio, LED, tubulares fluorescentes, fluorescentes compactas e fibra ótica (pagina 26) que pode ampliar a discussão do conforto que cada estilo oferece tendo em vista que possuem modelos de iluminação predeterminados.
Também exemplifica os tipos de luminárias e sua funcionalidade (página 29) sendo base para a compreensão de quais cozinhas estão melhores adequadas a sua função – dada a sua iluminação – em um estudo de caso, por exemplo. Ainda na procura pela avaliação de um estudo de caso, atenta à sustentabilidade da iluminação que necessita reduzir o consumo elétrico poupando recursos revelando a eficiência do projeto daquele design.
4 – FORTY, Adrian. Objeto de Desejo:Design e Sociedade desde 1750.
“Longe de ser uma atividade artística neutra e inofensiva,o design,por sua própria natureza,provoca efeitos muito mais duradouros do que os produtos efêmeros da mídia porque pode dar formas tangíveis e permanentes as idéias sobre quem somos e como devemos nos comportar.”
Adrian Forty defende a idéia que o design de acordo com sua utilidade, é visto pela maioria das pessoas apenas como uma maneira de embelezar as funções dos objetos ou resolver problemas técnicos na estrutura dos produtos, apesar dessas definições possam ser consideradas em parte como corretas elas não fazem jus ao design como algo que tem poder de mudar o contexto social, ou seja, o design como um cenário que influencia como por exemplo a forma como os atores irão se comportar desse modo compreender que tipo de personalidade podemos esperar,assim nos dando certa noção sobre o nosso público alvo através, do estilo de cômodo que esta pessoa escolhe,ou seja do tipo de “mito” que ela consome. Esse mito muitas vezes é algo inconsciente, gerado pela mídia, a necessidade ou pela própria sociedade em que a pessoa convive, portanto esse mito tem capacidade de enquadrar e também chamar grupos sociais.
O que convém á pesquisa objetivada é a busca pela relação do mito de consumo com os estilos, por exemplo, “Uma cozinha rústica (hipoteticamente) influencia tanto as pessoas que estão lá dentro a absolverem a energia do lugar e talvez procurando comidas mais de fazenda e lembrando mais das origens, ou seja levando a valores do campo.” Então quando alguém escolhe uma cozinha rústica, de certa forma ela procura esses padrões do campo, se sentir comendo comida do campo e mesmo quem não tem esses valores é acuado a participar, pois o ambiente o influência.
As reflexões de Adrian Forty estabelecem uma base de pensamento crítico para pesquisas qualitativas, como ponto de partida para iniciar questionamentos, por exemplo “Quando você entra num ambiente decorado com algum item da Casa Cor, tão divulgada em Goiânia, isso te leva a gostar mais dessa decoração?” ou “Observe estas imagens, isso te remete á algum aspecto da sua infância?” tendo em mãos fotos de ambientes diversos com elementos diversificados, ou ainda “Que sensações você sente ao observar este ambiente?”. Então com influencia da leitura de Adrian Forty pode se obter nuances interessantes das respostas qualitativas.